segunda-feira, 25 de maio de 2009

O olho do furacão.


Eu disse que queria sumir e sumi.
Queria morrer e experimentei algo muito próximo disso, durante um mês.
Hospital Psiquiátrico, sem contato com o mundo exterior, só eu comigo mesma, me conhecendo, aprendendo a lidar comigo e a gostar de mim.
Nunca me senti tão bem, tão saudável e tão próxima da realidade quanto me senti no sanatório. Parece loucura falar isso (redundância), mas eu me sentia em casa. Não queria nunca mais ter que sair de lá e enfrentar o mundo, as pessoas, minhas relações doentes e o amor que eu não superava nunca e só me fazia mal.
Pois bem, eu saí. E me sinto incrivelmente bem! Mais calma, tranqüila, organizada e fortalecida.
Não penso mais “Nela” há uns bons dias, não tenho mais medo de certos “amigos” e me afastei de tudo o que me prejudicava.
Olhar de longe para o centro de nosso próprio furacão é renovador!
Onde antes eu só via sujeira e entulhos agora vejo espaço e ar fresco pra respirar, ganhei uma nova alma com o tratamento.
Estou pronta pra viver de novo, pronta pra escolher um futuro confortável e melhor do que tudo isso: pronta pra amar outra vez.
Aprendi que ninguém é tão perfeito quanto nosso coração idealiza e que nós mesmos não somos tão horríveis quanto somos capazes de nos julgar.
Eu disse que hoje gosto mais de mim. Escolho então encontrar alguém que também goste.
Que a minha paz dure. Que eu encontre amor.
E desejo o mesmo a todas vocês, meninas. =)

Obs.: pra quem ficar curiosa, meu diagnóstico é Transtorno Bipolar e Transtorno de Personalidade Borderline. Agora, em perfeito controle.