sexta-feira, 18 de junho de 2010

My soul mate

Meu inglês é bem porcaria, malandro, tenta enganar sem sucesso, mas mesmo assim vou postar aqui o que eu tentei fazer pra uma das pessoas que mais amo na vida.
Era pra ser uma música, mas ela perdeu toda rima, toda métrica, todo tudo, porque tinha muita coisa que eu queria falar.
Minha melhor amiga, minha metadinha, minha alma, minha Shane... Esse texto é pra vc.


I wish I could write the sweetest song
The song I hear deep in your eyes
I wish I could write a beautiful song
The song I feel when you laugh in my heart.

I wish I could thank you
For the hands you extended to me
I wish I could give you back
The pretty smile that clears my soul

Every time we dance like no one other
Every time we cry or laugh about nothing
Every time we hold each other thigt hopping never let go
Every promise we do to belong each other

All this colors, all this colors you offer to me
And the soft cotton candy smell you have
You’re my favorite part of me

I feel full when I simple hug you
Full when I listen to your pretty voice
Full just to sit beside you
Full just to know you’re alive

And we both like this
Together for what we show and even more for what we hide
For what we are and for what we pretend to be
For everything we love
And for everything we never want to feel anymore
You’re my soul mate
And I know that’s forever.


Love you, brother.
=)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Não é bem assim.

Tudo bem, talvez eu tenha problemas com clichês afetivos. Mas sei que sou alguém especial o suficiente pra não merecer ser queimada na fogueira.
Sou alguém que já fez uma tatuagem em homenagem a um grande amor.
Já fiz inúmeras lasanhas e “chillis” vegetarianos pra alguém que não comia carne. E eu não gosto de cozinhar.
Preparei uma festa surpresa de aniversário onde as convidadas eram apenas eu e ela. Com direito a docinhos, decoração, balões e outra vez, um jantar. Tudo feito por mim.
Pra alguém especial, já costurei, de próprio punho, uma blusa linda de frio. Demorei uma vida fazendo isso, mas fiz com amor. E bordei também, demorando duas horas por letra, “eu te amo” em norueguês nas costas. Só pra ela.
Fiz uma música uma vez. A única música da minha vida até agora. Uma música toda fofa que dizia o quanto eu estava apaixonada. Sou capaz de fazer isso.
Mandei fazer um vestido só pra ir ver alguém que adorava estampa de onça. Acho que essa pessoa nunca soube disso.
Já fiz regime, já mudei cabelo, já passei a ouvir determinada banda só por causa de alguém.
Posso não dormir abraçada, não andar de mãos dadas e ter uma certa independência que até assusta no começo.
Mas eu garanto minha doçura. Sei de muita gente que a garante também. E ela nunca acaba. E ela está sempre pronta pra agradar outro alguém, mesmo que seja uma grande amiga.
Dare you to love me. Are you ready?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Dá um ar!

Não, eu realmente não gosto de andar de mãos dadas na rua.
Tenho dentro de mim, duas garotas: aquela que faz o que todo mundo espera e aquela que anseia por fazer sua vontade. Esta última, sufocada, apavorada, por saber que ao se revelar, mandaria todos que a cercam pra bem longe.
Sou simpática depois do sexo. Sorridente, brincalhona, às vezes bem carinhosa e acolhedora. Mas eu detesto! Como eu realmente gostaria de ser? Gostaria, com todas as forças do meu ser, de vestir minhas roupas, imediatamente e ir embora, a pé mesmo, independente da distância que pretendo percorrer. Se estiver na minha casa, a vontade não é muito diferente, só invertem-se os papéis: “Pronto, acabou, coloque sua roupinha e vaze! Não, não vou descer com você, está bem quentinho aqui. Mas deixei a porta aberta, ok? Beeeeijo, querida (o), tchau!”
Sou legal e retribuo beijos e abraços numa noite de festa onde um “peguinha” qualquer e eu nos encontramos. A vontade é muito simples: “Upa, *abraço e beijo*, estava com saudades? Ah, eu também, coração! Já deu pra matar? Toma teu rumo e por favor desgruda de mim! Obrigada!”
Dormir... Deeelllsss, dormir é o que há de mais insuportável pra mim. POR FAVOOORR, DESGRUUUDAAA! Eu detesto abraço na cama, eu detesto conchinha, eu tenho horror a ouvir a respiração de alguém e mais do que isso, de sentir o calor deste alguém. Eu te disse que era legal dormir com você? Eu menti!
Isso, pronto, confesso: eu minto! Eu minto bastaaaante, mentiras fofas, pra parecer que eu sou humana, como as outras pessoas. Mas eu não sou. Eu não gosto do seu abraço, eu não gosto de mil beijos seguidos, eu tenho um pavor seriíssimo a demonstrações de afeto públicas, não gosto que fiquem me pegando, beijando ou similares enquanto eu tento interagir com outras pessoas. Resumindo: eu DETESTO que tolham minha liberdade, principalmente se esta atitude for demonstrada de maneira física.
Sou a famosa pau-no-cu, sou chata, sou fria, sou mil coisas. Tenho, tenho coração sim, mas ele se expressa discretamente.
“Me dá atenção”, “me dá moral”, “fica comigo mais um pouquinho”... Ninguém me pediria isso se soubesse a tortura que é pra mim ficar desempenhando um papel que não é meu.
No momento, o dilema: como equilibrar o que eu sou com o que as pessoas esperam de mim? Não, eu não posso apenas ser eu mesma, sou apenas meio geladinha, não sou vazia o bastante pra querer ficar sozinha. Gosto de presença. Presença com espaço, presença com respiração.
Será que existe alguém aí fora que me entenderia e daria o devido valor às minhas demonstrações de carinho nada convencionais, sem cobrar de mim o comum?
Confesso que, no momento, não tenho acreditado muito nisso.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

E era lindo.

E era lindo... E era leve. E tudo ao nosso redor era lindo e leve. Nós ríamos muito, nossa, como ríamos! Ríamos um do outro, ríamos dos outros, ríamos na rua, ríamos nas reuniões de amigos e ríamos na cama. Como ríamos na cama! Quanta coisa descobrimos juntos na cama. Meu Dog, eu te chamava, meu Chocolate, quem me chamava era você.
Nós tínhamos os mesmos amigos e nós fazíamos tudo juntos. Ao mesmo tempo que tínhamos outros amigos e respeitávamos o espaço de cada um. Como era linda a forma como nos respeitávamos, única, só nossa.
E contávamos tudo um pro outro, confiando na tolerância, na paciência e na compreensão do outro. E nós nos entendíamos e nós nos abraçávamos e nós éramos colo, perfeito, confortável e exclusivo um do outro.
Você me compreendia como ninguém nunca compreendeu. Eu não gosto de andar de mãos dadas. Você gosta. Você respeitava. Você de vez em quando usava drogas. Eu não gostava. Eu te compreendia. Éramos cúmplices, éramos amantes, éramos os namorados perfeitos.
E na cama, de novo. É impossível não lembrar de novo da nossa unicidade na cama! Do quanto era perfeito, divertido, engraçado, gostoso transar com você. De como brincávamos, de como você ria da minha inocência, aquela que só você conhecia, porque eu não tenho a menor cara de inocente. De como você me ensinava tudo... De como que eu te ensinava um pouco.
Do cheiro e do gosto de chocolate. Dos seus conselhos incríveis que ninguém, olhando pra você, sempre brincalhão, imaginaria que fosse capaz. Você era sábio comigo. Como ninguém nunca foi.
Eu sinto sua falta, Dog, de uma forma que eu não sei nem falar. De uma forma que... Só me enche os olhos d’água agora, falando de você e todas as vezes que eu falo de você pra nossa melhor amiga. Até isso, NOSSA melhor amiga é a mesma.
Eu realmente não consigo entender o porquê deste ódio que você carrega a meu respeito, essa sua preferência por não cruzar os seus olhos lindos com os meus, essa opção de não me dar mais o sorriso mais bonito do mundo, que, sem dúvida nenhuma é o seu.
Mas, mesmo assim, por ainda querer um olhar seu, eu te peço perdão.
Me perdoe por não andar de mãos dadas com você.
Me perdoe por às vezes agir mais como sua amiga do que como sua namorada, mas isso era só porque eu achava que éramos tanto um como outro.
Me perdoe por ter te machucado tanto antes de namorarmos, ficando com um amigo seu. O que não me trouxe nada além de dor e arrependimento.
Me perdoe por ter terminado com você antes de eu ser internada... Eu realmente achava que isso era o melhor pra você. Eu não te ouvi quando disse que queria me ajudar. Me perdoe.
Me perdoe por ter namorado o ex-namorado da sua namorada... Não foi de propósito, eu não acho bonito o que aconteceu.
Me perdoe pela briga boba e infantil que eu tive com ela. Mulheres são, muita vezes, bobas e infantis. Ela é uma menina bonita e legal, foi besteira nossa.
Me perdoe por ainda querer um sorriso seu. É que... Eu nunca te esqueci.
Eu te amo, meu Dog, seu lugar no meu coração é ridiculamente eterno.
Um dia eu ainda ganho um abraço seu. E isso, só isso, acho que já vale pro meu coração parar de chorar sua ausência.
Se cuida.
Seu chocolate... Pra sempre.