sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Patrícia Alvino

Ele não sabe meu sobrenome.
Ele desconhece algo que me define como pessoa.
Não estou supervalorizando o “nome de família” de ninguém, não é isso. É que meu sobrenome é mais do que isso. Eu sou a Patrícia Alvino! Eu não sou a “Paty” pra ninguém. Todo mundo, desde meros conhecidos a pessoas que me amam profundamente, me chama assim, sou conhecida assim, essa é minha alcunha ofical. E é como eu me enxergo como pessoa adulta.
Quando criança eu odiava meu sobrenome e escondia de todos minha assinatura. Hoje eu sou completamente Parícia Alvino, cheia de orgulho e amor por quem eu sou. Esse nome separa minha imaturidade de dias mais centrados. E ele não sabe meu sobrenome.
Este que está estampado no meu twitter, orkut, msn. Sim, eu uso meu sobrenome no msn, porque essa sou eu hoje: a Paty acompanhada do Alvino. Ele me tem adicionada em todas as redes sociais e não sabe meu sobrenome.
A gente sabe que pode significar pouco na vida de alguém, mas nunca esperamos ser total e completamente ignorada pela pessoa de quem mais queremos apreço, atenção, carinho, preocupação ou no mínimo, delicadeza.
Dar-se conta de que entre você e um cão latindo, ao menos o cão incomoda, é de uma dor inexplicável, é de uma solidão na alma, uma escuridão, uma bacterialização... Não, bactéria incomoda.
Oi, eu me chamo Patrícia Alvino. O engraçado é que seus amigos sabem disso, um deles até me chama, carinhosamente, de “Alpino”. Eu tenho nome e sobrenome. Tenho família e amigos que me amam. Sou cheia de características bacanas, tenho personalidade marcante, muito bom-humor, raramente reclamo da vida e sou ótima companhia. Tenho medo de anões e aranhas, gosto de rir, ler, escrever, e tocar com a minha banda. Sou bonita, inteligente, estilosa e jamais passo em vão na vida de alguém, nem que seja pra deixar uma marca ruim.
Eu sou a Patrícia Alvino. E se este nome não significa nada pra você, precisa começar, ao menos, a fazer mais sentido pra mim.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O texto "malandro" que escrevi pra você.

Seu corpo colado ao meu. Seu corpo quente, macio e esse seu cheiro misturado ao meu. Minhas mãos ávidas emaranhadas em seus cabelos, esses seus cachinhos que te deixam com esse aspecto inocente que você tem. Sua boca. Enorme, carnuda, suculenta, devorando a minha, enquanto minhas pernas se entrelaçam com as suas, enquanto minhas pernas roçam nas suas e pedem, com movimentos lentos e incessantes por mais um pouco de você.
Sua respiração nos meus ouvidos se alterando conforme meu corpo cola ainda mais ao seu. Nossas mãos deslizando pela nossa pele totalmente desprotegida, exposta, debaixo de uma luz suave, cada milímetro de pele desnuda sentindo os milímetros da outra pele. E as respirações se alterando ainda mais.
E você sobre mim, seus olhos nos meus, suas bochechas ainda mais róseas e sua boca apenas encostando-se à minha, num beijo incerto de quem já sente um prazer mais profundo, de quem já se deixou perder entre minhas pernas.
Meu corpo se movendo agora em ondas, em tremores, e minhas unhas cravadas em suas costas ainda mais quentes que antes, e o som de nossos gemidos se encontrando ali, naquele pequeno pedaço de mundo que por este instante e só por este, tornou-se absolutamente nosso.
Pela sua pele, pela sua boca, pelo meu corpo colado ao seu, pela minha pele misturada à sua, é que eu tomo toda a coragem que preciso pra te pedir: seja meu por uma noite apenas. Isso deve me bastar.