quarta-feira, 30 de julho de 2008

Wadda f*** ?


Bom humor. Um bom humor insuportável, daqueles de acordar todo dia sorrindo e sair pra correr no parque, ouvindo música, sem nem ver o tempo passar.
Daqueles que todo mundo chega a se irritar porque no “oi, tudo bem?” a única resposta que sai é “tudo maravilhoso, e vc?”.
Uma vontade de procurar um novo emprego, iniciar novos projetos, aprender a tocar um instrumento musical, fazer um regime.
Uma dificuldade gigantesca pra tirar a bunda da frente do computador e de sair do MSN, tarde da noite, mesmo depois de ter passado o dia todo ali, com um sorriso de idiota na cara.
Uma ansiedade louca pra chegar o fim-de-semana e depois o próximo e “quem sabe no outro eu não a veja também?”
Alguém sabe o nome disso? Eu não quero saber. Eu só quero viver o meu domingo no parque que, pra minha alegria, está custando a terminar!

=)

domingo, 27 de julho de 2008

Beijos de domingo.


Depois de um período de nuvens escuras, desânimos, "brochezas" com a vida e desilusões, depois de sentir muito fortemente a certeza de que nunca esqueceria a Ex de que nunca mais acharia legal ficar com outra pessoa de novo, eu ganhei, de presente da vida, um “domingo no parque”.
Não, não estou apaixonada. Não, não esqueci a Ex. Mas senti uma brisa, uma brisa suave vinda, talvez, do futuro. Um refresco na alma, uma paz diferente, uma certeza de que há sim, esperanças, de que se pode sim, ser feliz um dia e de que, a pele e o cheiro de outra mulher (que não “ela”) ainda podem me causar deliciosos arrepios na espinha!
Inspirada pelos beijos no pedalinho do parque e pelo prenúncio de uma nova Miss Cookie, mais aberta às possibilidades da vida, compartilho com vocês um poeminha que achei pela net no Usina das Letras.

“Todos os beijos
São diferentes
Os que guardo pra você
Têm gosto de domingo
De prenuncio de primavera
De boa saudade
De gosto de descanso
De maturidade
Intensos
Como um virgem campo de trigo
E como o mar
no seu azul de perenidade
Meus beijos
De domingo
São só para você
Como o céu da minha terra
Nos dias mansos de claridade
Meus beijos de domingo
São o meu presente
De amor para você.”
(Maria Luiza Kuhn)

Ainda guardo os meus “beijos de domingo”, mas hoje espero, com os braços e coração mais abertos, aquela que também tem guardado os dela pra mim.

Bom início de semana para todas nós!

sábado, 26 de julho de 2008

A "The Only One" de cada uma.


Não é um hábito meu, mas, sofrendo de um ligeiro e passageiro (eu espero!) bloqueio criativo de fim-de-semana (agitado e divertidíssimo, por sinal!), posto aqui uma das músicas mais fofas que ouvi nos últimos tempos.

O The Cure é a minha banda favorita, desde que meu tio me mostrou pela primeira vez, aos meus 9 anos de idade. Pela sonoridade, pelo estilo soturno, pela profundidade, delicadeza e verdade nas letras.
Este ano eles lançam novo CD e este, é o primeiro single.
Bem a seu modo, Robert Smith fala sobre algo que a maioria de nós, com certeza já teve um dia: um amor de virar a cabeça!

A letra é linda e a música... dá vontade de sair cantando por aí (não deixem de ouvir)!

Espero que gostem, garotas!
Ótimo sábado a todas!


The Only One - The Cure


Oh I LOVE Oh I LOVE Oh I LOVE
WHAT YOU DO TO MY HEAD
WHEN YOU PULL ME UPSTAIRS
AND YOU PUSH ME TO BED
Oh I LOVE WHAT YOU DO TO MY HEAD
IT’S A MESS UP THERE
Oh I LOVE Oh I LOVE Oh I LOVE
WHAT YOU DO TO MY HEART
WHEN YOU PUSH ME BACK DOWN
AND THEN PULL ME APART
OH I LOVE WHAT YOU DO TO MY HEART
IT’S THE BEST Oh YEAH!

Oh I LOVE Oh I LOVE Oh I LOVE
WHAT YOU DO TO MY LIPS
WHEN YOU SUCK ME INSIDE
AND YOU BLOW ME A KISS
Oh I LOVE WHAT YOU DO TO MY LIPS
IT’S SO SWEET IN THERE
Oh I LOVE Oh I LOVE Oh I LOVE
WHAT YOU DO TO MY HIPS
WHEN YOU BLOW ME OUTSIDE
AND THEN SUCK ME LIKE THIS
Oh I LOVE WHAT YOU DO TO MY HIPS
IT’S THE BEAT Oh YEAH!

YOURE THE ONLY ONE I CRY FOR
THE ONLY ONE I TRY TO PLEASE
YOURE THE ONLY ONE I SIGH FOR
THE ONLY ONE I DIE TO SQUEEZE

AND IT GETS BETTER EVERY DAY I PLAY
WITH YOU
IT’S SUCH A SCREAM
YEAH IT GETS META EVERY DAY I SAY
WITH YOU
IT’S SO EXTREME
YEAH IT GETS WETTER EVERY DAY I STAY
WITH YOU IT’S LIKE A DREAM

Oh I LOVE Oh I LOVE Oh I LOVE
WHAT YOU DO TO MY SKIN
WHEN YOU SLIP ME ON
AND SLIDE ME IN
Oh I LOVE WHAT YOU DO TO MY SKIN
IT’S A BLUSH ON THERE
Oh I LOVE Oh I LOVE Oh I LOVE
WHAT YOU DO TO MY BONES
WHEN YOU SLIDE ME OFF
AND SLIP ME HOME
Oh I LOVE WHAT YOU DO TO MY BONES
IT’S THE CRUSH Oh YEAH!

YOURE THE ONLY ONE I CRY FOR
THE ONLY ONE I TRY TO PLEASE
YOURE THE ONLY ONE I SIGH FOR
THE ONLY ONE I DIE TO SQUEEZE

AND IT GETS HAZIER EVERY WAY I SWAY
WITH YOU
IT’S SUCH A SCREAM
YEAH IT GETS MAZIER EVERY PLAY I SAY
WITH YOU
IT’S SO EXTREME
YEAH IT GETS CRAZIER EVERY DAY I STAY
WITH YOU IT’S LIKE A DREAM

Oh I LOVE Oh I LOVE Oh I LOVE
WHAT YOU DO TO ME

terça-feira, 22 de julho de 2008

... e diz que este não é um mau blog!


Feliz de não me caber!
Além de descobrir que estou linkada no "Sapacity" que é um dos meus blogs favoritos, vi que ela, "fofíssimamente" me indicou para receber o selo de qualidade que está rodando entre os blogs por aí!
Obrigadíssima, Clau!

Existem algumas regras para repassar o selo:

- o prêmio deve ser atribuído aos blogs que vocês considerem ser bons. Entende-se como bons blogs aqueles que vocês costumam visitar regularmente e deixar comentários.
- se você recebeu o “Diz que até não é um mau blog”, deve escrever um post indicando a pessoa que lhe deu o prêmio com um link para o respectivo blog. Neste post devem aparecer o selo e as regras.
- indique outros nove blogs ou sites para receberem o prêmio.
- exibir orgulhosamente o selo do prêmio no seu blog, de preferência com um link para o post em que fala dele e de quem te presenteou.

Minhas indicadas são:

- Calcinhas no Box
- Miss Gray
- Oráculo de Lesbos
- Pequenos Pecados
- welcomehomeroxy
- Sapacity (não poderia faltar)
- Beijei um príncipe e virei sapa
- Miss X
- Na ponta dos Dedos (óbvio!)

Alguns já foram premiados, mas, estão entre meus preferidos, merecem bis!

Obrigada a quem me lê e obrigada de novo à Clau Guay pela lembrança.

Boa terça-feira a todas! =)

segunda-feira, 21 de julho de 2008

“Beleza não põe mesa!”


Ando reparando nas garotas feias. Nas que estão ligeiramente fora do peso, naquelas que se vestem de qualquer jeito e que precisariam urgentemente de uma “personal stylist” ou que não foram, já de fábrica, beneficiadas pela natureza.
Por quê? Presente que uma ex me deixou.
Sempre tive o hábito (creio que bem comum) de reparar nas garotas bonitas e de desejar que as incrivelmente maravilhosas sorrissem na minha direção. Nessas, me pego fuçando em comunidades lez do Orkut em busca de rostinhos perfeitos, que, me garantam que no primeiro encontro eu não vá morrer de susto!
Ridículo? Extremamente! Não que eu, particularmente, seja feia o bastante para me esconder atrás do computador em busca de um parzinho pra mim, mas as garantias (e fantasias!) que as fotos photoshopadas da internet proporcionam são tentadoras!
Numa dessas, de me preocupar em demasiado com a beleza, conheci minha ex “teenager”. Não, ela não é a bendita que cito em tantos textos dizendo que estou tentando esquecer, ela foi apenas uma aventura, uma tentativa, novamente frustrada, de esquecer A EX (Esta, em maiúsculo. Esta, meu grande amor, que nada tem de padrão de beleza, mas é a pessoa mais doce da face da Terra. Anyway...).
A teenager era linda! Linda, gostosíssima e ainda se encaixava perfeitamente dentro das minhas exigências “fashion” de estilo para uma garota: olhos claros e profundamente penetrantes, pele perfeita, sorriso maravilhoso, cabelo estiloso, pretíssimo e bem cortado, corpão invejável, magra, porém, com as pernas mais lindas que já vi. Cheia de piercings, tatuagens e roupas maravilhosamente bem escolhidas. Além de super cheirosa e incrivelmente boa de cama.
O que ela me ensinou sendo tudo isso? Aquilo que todo mundo já sabe, aquele clichê famosíssimo que eu sempre achei que conhecesse “muito bem, obrigada”, mas não sabia o quão sério ele poderia ser aplicado à vida: “beleza não é tudo”.
No caso dela, não era nada.
Uma garota de 17 anos, mimada, usuária de drogas, que se preocupava tanto com a própria aparência a ponto de viver à base de água e barrinha de cereais. Mentirosa, capaz de roubar e enganar à própria família. Alguém impossível de se confiar, sem o mínimo de conteúdo, que tornava difícil cada minuto perto dela que não fossem de pegas quentes embalados a vinho no tapete da minha sala.
Infantil, superficial, de péssima índole.
O que mais eu precisava pra aprender? Ah, claro, como pude me esquecer?
Ainda tem as traições e as vezes que ela me deixava sozinha e doente em casa pra cair na gandaia e poder pegar uma garota diferente por noite.
E a ela eu dedico o meu post de hoje: à garota que me ensinou a apreciar o sorriso sincero e simpático da balconista gordinha da pizzaria, de blusinha cor-de-rosa e cabelo preso em um rabo-de-cavalo baixo; a delicadeza da enfermeira que me levou à sala de cirurgia (tirei as amídalas, argh), magra e pequena, sem um pingo de charme, mas com olhos divertidos e encantadores; os beijos deliciosos que eu dei em uma garota que usava a famigerada “psy bota” (coisa que eu achei que nunca fosse fazer) em uma noite divertidíssima!
Pra você, minha ex teenager, meus “muito obrigadas” eternos, por ter derrubado as cortinas dos olhos da minha alma e ter me ensinado, sendo exatamente o que eu não quero pra mim, a prestar mais atenção na capacidade que toda mulher tem de ser LINDA, exatamente a seu modo. Obrigada por ter me transformado com fogo, momentos de raiva e algumas lágrimas, numa pessoa muito melhor, que hoje sabe o quanto um coração doce vale mais do que um belo par de pernas. ;)

Boa semana, garotas!

p.s.: à propósito: meu humor está cada dia melhor. Obrigada aos comentários fofos do post anterior.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Volcano.


Da falta de sucesso na tentativa de me afastar da ex ao medo paralisante que tenho sentido do meu futuro incerto, cada minuto na minha vida tem me feito ainda mais vazia.
Falta tudo. Falta alegria, falta motivação, falta vontade de sorrir, de falar, de correr, de amar, de conquistar o que quer que seja, mas, principalmente, me falta paciência.
O que mais me incomoda nesses períodos límbicos, onde eu não estou nem exatamente deprimida a ponto de não tomar banho e nem exatamente eufórica a ponto de não dormir a noite e ter energia suficiente pra sentir vontade de vomitar de tanto bater com a cabeça na parede, é a maldita irritabilidade.
Tudo me incomoda, tudo me irrita, fico sensível ao extremo, com os nervos à flor da pele. Flor? Flor não, espinhos mesmo, porque sou capaz de machucar qualquer criatura viva que tente se aproximar na melhor das intenções. Não tenho saco, não tenho espírito pra brincadeiras, não tenho sorrisos pra fingir socialmente, não tenho nada, só fogo e pólvora. Fico rebelde, “Rebel Rebel” e insuportável a ponto de ficar famosa em qualquer meio que me relacione. Famosa no pior sentido da palavra, daquelas que a fama precede e as pessoas passam a ter medo ao invés de boas expectativas quando encontram com você.
Prefiro o isolamento, o silêncio, os livros, a companhia dos bichos e dos travesseiros. Melhor assim. Já é difícil suportar a mim mesma, imagine ter que ficar assistindo às pessoas tentando me suportar? E pior que isso, imagine suportar as outras pessoas?
Não, é praticamente impossível nestes períodos vulcânicos.
Suportar a clareza da tela pintada por uma amiga, que sempre considerei uma das pessoas mais importantes da minha vida, ali, bem colorida e nítida: não, eu não tenho mais importância nenhuma na vida dela. Conforme-se, baby!
Suportar a dor dilacerante no peito ao abraçar a ex e sentir ali, no lugar mais confortável do mundo, que nunca mais seremos felizes juntas, não dá.
Suportar o humor duvidoso da minha cunhada que eu tanto amo mas é imatura demais pra perceber que o que eu preciso agora é de abraços carinhoso e não de um dedo rindo apontado pra minha cara a cada segundo do dia é difícil demais.
Suportar as amizades superficiais que a gente tromba quando sai na rua, a falsidade dos sorrisos, os abraços os convites que não passam de falta de assunto, não, isso não dá.
Nada disso dá, nada disso me é possível no momento.
Peço licença pra me retirar, peço licença pra aguardar, quietinha, o meu vulcão entrar em erupção.
Pra cima ou pra baixo? O estrago é sempre certo. Fico apenas na expectativa da surpresa.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

As delícias e os delírios de se estar só.


Acordo cedo. O mau-humor habitual faz com que eu tenha um tempo exato para sair da cama: odeio ficar enrolando, odeio correria. Olho pela janela, dou uma respirada na poluição da cidade e tenho aquele pensamento, também habitual, herdado dos suspiros pensativos do meu avôzinho querido: “ai, ai, Catarina!”.
Sem ninguém pra me segurar na cama, ou me apressando pra levantar, espreguiço-me e vou fazer meu café. Cada dia faço um pouco menos pra ver se eu consigo fazer uma dose única. Tá difícil!
Ligo o computador e coloco música pra me animar. Aquelas que só eu gosto! Ô, maravilha!
Coloco a roupa de ginástica e “vou que vou” pra minha caminhada!
Volto, almoço o que tem e fico feliz por não sair do regime.
Passo a tarde com as amigas, volto pra casa, tomo um banho e coloco o pijamão, feliz da vida!
Converso com o maior número possível de garotas pelo MSN, falo bobagens e me sinto muito confortável nessa posição ridícula, praticamente adolescente, que me encontro ao fazer isso. Novidade pra mim, tudo novidade.
Tomo um vinho. Eu comigo mesma, brindando a minha solidão, adorando minha própria companhia, adorando tomar absolutamente todas as decisões do meu dia-a-dia.
O vinho dá um soninho gostoso e 10 e meia da noite já desligo o computador e vou pra cama.
Quando eu penso que o dia acabou e me preparo pra me despedir dele, meu telefone toca. É aí que começa a minha quarta de verdade. Leo, amigo querido, baladeiro e extremamente convincente: “pago seu táxi se você vier pra cá AGORA!”, ele fala do outro lado. Não tenho a menor vontade de sair de casa daqui de dentro dos meus pijamas , mas, me sentindo a dona de mim mesma, troco de roupas, passo um perfume e com um sorriso no rosto e o peito estufado, eu vou.
Chego no bar, sou recebida por um abraço delicioso e uma taça de champagne. Compartilho com meu amigo a alegria que estou sentindo por poder sair de casa, em plena quarta-feira, sem ter que enfrentar caras feias e ataques de pelanca. Um brinde à minha solidão!
Fila desgraçada. Já entro na balada de mau-humor e sinto, levemente, o peso da “idade” nos meus ombros. Eu já fui mais paciente pra essas coisas.
Música ótima, como sempre, mulheres lindas pipocando por todos os lados, um copo de vodka com energético e, lentamente, meu mau-humor vai se desfazendo e eu vou curtindo meu momento.
Danço... Garota bonita! Acompanhada... damn it! Outra, outra garota bonita. Ignorada... Fuck!
De repente me dou conta de que eu não consigo evitar o desejo de ter alguém perto de mim, de beijar na boca e dançar grudadinha como os casaizinhos que me cercam. Passo a morrer de inveja dos solteiros que estão lá com seus amigos sem pensar em nada. Danço, danço mais um pouco, tento me concentrar em mim mesma. Não, não é tão fácil quanto parece. Nunca fiquei sozinha, é a minha primeira vez solteira nesta indústria vital, desde os 11 anos (!) eu engato um namoro atrás do outro. Não, eu não gostava nenhum pouco disso, sempre quis ficar só comigo, só o que eu preciso é de treino, paciência, e... Não, eu não precisava estar vendo isso... minha ex “teenager”, linda, linda como sempre, bitch! Todos os meus amigos viram essa vaca me trair. Ok, ok, ela está na idade de curtir... O quê? Ela está ficando com a ex dela? Aquela que ela dizia que só fazia ela sofrer e atirava cocô pela janela? Gosh, eu não devo valer nada mesmo!
E sinto a noite desmoronar. A felicidade e as tentativas de me apaixonar por mim mesma se esvaírem por entre a fumaça, a música, as garotas e a “ex com a ex”. Percebo-me “levemente embriagada”, desabafando com uma desconhecida, sobre as dores de se ser ignorada por alguém com quem você compartilhou a cama.
Sinto-me ridícula, patética, imatura, despreparada.
Abraço meu amigo, agradeço pela noite e volto pra minha casinha, onde, pelo menos a solidão, me oferece sua fiel companhia.