O Amor. Assim, com letra maiúscula, porque esse é o Amor do mundo das idéias, perfeito, platônico e autosuficiente. Aprendi numa aula de Literatura.
Um sentimento que em si, se basta, eliminando, muitas vezes, a necessidade da figura idolatrada.
"Não tenho logo mais que desejar, pois em mim tenho a parte desejada", disse uma vez Camões, traduzindo claramente as intenções deste Amor.
A idéia e nada mais. O desejo, a dor, os sintomas físicos, as viagens todas onde se imagina tantas lindas possibilidades... E a impossibilidade da realização basta. O sentimento basta. Os pensamentos, os suspiros, todo o universo criado basta. O abraço, o beijo, o toque, o cheiro, o alimentar, tudo é dispensável, pois ele se alimenta sozinho.
Este Amor, platônico e intocável preenche o bastante.
No simples "amor" não existe perfeição. Não existe segurança ou certeza alguma e eu não quero "amor".
"I'm not in love, so don't forget it
It's just a silly phase I'm going through"
E eu não quero você.
Eu só quero Amar.
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7 comentários:
Adoro seus textos, cheio de impossiblidades..rs. Não fique muito tempo longe daqui, seus textos alimentam minha alma.
bjs
laís
Em teoria, abrir mão do objeto amado, deixando de lado atitudes e pensamentos mundanos, eleva a alma. A elevação da alma, traz consigo a perfeição. Perfeição que em Platão significa a completude das esferas anteriormente separadas.
Sendo assim, retornar à uma ideia platônica, ou, praticamente trovadoresca ou do início do renascentismo, como Camões, seria como buscar a perfeição e sua forma novamente.
Acho que comentei aleatóriamente em outro texto seu a respeito do amor platônico, das esferas, perfeição e blabla acho que até certo ponto é confortante tentar lidar, no mundo das ideias, com um amor como esse. Um mundo calmo, com respeito, adoração, visando a perfeição. Porém, não é tão simples assim. Em tese é fácil, na prática, nem tanto. Aliás, é de se pensar, pois até mesmo o próprio Camões e toda sua geração acreditavam que o amor, de fato, era o caminho para o arquétipo, porém, se davam conta de que tambem era avesso à racionalidade, ou seja, subestimava a razão do homem e, por isso, era considerado como doença. A Coita d'amor.
A ideia de busca e completude é bonita. Só não sei se eu conseguiria, de fato, lidar com o platônico e intocável - sim, eu admito, gosto das minhas atividades mundanas. hahaha
Mas me admira alguem acreditar nisso e, principalmente, tentar ser e agir assim.
Se realmente der certo, avise-me. Quem sabe amar, não seja mesmo uma doença.
See ya, Miss Bowie.
Em teoria, abrir mão do objeto amado, deixando de lado atitudes e pensamentos mundanos, eleva a alma. A elevação da alma, traz consigo a perfeição. Perfeição que em Platão significa a completude das esferas anteriormente separadas.
Sendo assim, retornar à uma ideia platônica, ou, praticamente trovadoresca ou do início do renascentismo, como Camões, seria como buscar a perfeição e sua forma novamente.
Acho que comentei aleatóriamente em outro texto seu a respeito do amor platônico, das esferas, perfeição e blabla acho que até certo ponto é confortante tentar lidar, no mundo das ideias, com um amor como esse. Um mundo calmo, com respeito, adoração, visando a perfeição. Porém, não é tão simples assim. Em tese é fácil, na prática, nem tanto. Aliás, é de se pensar, pois até mesmo o próprio Camões e toda sua geração acreditavam que o amor, de fato, era o caminho para o arquétipo, porém, se davam conta de que tambem era avesso à racionalidade, ou seja, subestimava a razão do homem e, por isso, era considerado como doença. A Coita d'amor.
A ideia de busca e completude é bonita. Só não sei se eu conseguiria, de fato, lidar com o platônico e intocável - sim, eu admito, gosto das minhas atividades mundanas. hahaha
Mas me admira alguem acreditar nisso e, principalmente, tentar ser e agir assim.
Se realmente der certo, avise-me. Quem sabe amar, não seja uma doença.
See ya, Miss Bowie.
Olá
também sou dona de um blog do genero les e estou sempre ligada nas novidades dos blogs do mesmo genero
encontrei o seu fuçando alguns dos meus favoritos e resolvi dar uma lida...
Muito bom o seu blog
já estou seguindo
=]
Saudades de voce, Peste!
Amor platônico é perfeito, mas irreal, acho que não conseguiria me satisfazer apenas com a ilusão, com a idéia do "e se?".
"O desejo, a dor, os sintomas físicos, as viagens todas onde se imagina tantas lindas possibilidades..."
me identifiquei...
mas não ando me sentindo confortavel pra falar de amor.
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