terça-feira, 15 de julho de 2008

Volcano.


Da falta de sucesso na tentativa de me afastar da ex ao medo paralisante que tenho sentido do meu futuro incerto, cada minuto na minha vida tem me feito ainda mais vazia.
Falta tudo. Falta alegria, falta motivação, falta vontade de sorrir, de falar, de correr, de amar, de conquistar o que quer que seja, mas, principalmente, me falta paciência.
O que mais me incomoda nesses períodos límbicos, onde eu não estou nem exatamente deprimida a ponto de não tomar banho e nem exatamente eufórica a ponto de não dormir a noite e ter energia suficiente pra sentir vontade de vomitar de tanto bater com a cabeça na parede, é a maldita irritabilidade.
Tudo me incomoda, tudo me irrita, fico sensível ao extremo, com os nervos à flor da pele. Flor? Flor não, espinhos mesmo, porque sou capaz de machucar qualquer criatura viva que tente se aproximar na melhor das intenções. Não tenho saco, não tenho espírito pra brincadeiras, não tenho sorrisos pra fingir socialmente, não tenho nada, só fogo e pólvora. Fico rebelde, “Rebel Rebel” e insuportável a ponto de ficar famosa em qualquer meio que me relacione. Famosa no pior sentido da palavra, daquelas que a fama precede e as pessoas passam a ter medo ao invés de boas expectativas quando encontram com você.
Prefiro o isolamento, o silêncio, os livros, a companhia dos bichos e dos travesseiros. Melhor assim. Já é difícil suportar a mim mesma, imagine ter que ficar assistindo às pessoas tentando me suportar? E pior que isso, imagine suportar as outras pessoas?
Não, é praticamente impossível nestes períodos vulcânicos.
Suportar a clareza da tela pintada por uma amiga, que sempre considerei uma das pessoas mais importantes da minha vida, ali, bem colorida e nítida: não, eu não tenho mais importância nenhuma na vida dela. Conforme-se, baby!
Suportar a dor dilacerante no peito ao abraçar a ex e sentir ali, no lugar mais confortável do mundo, que nunca mais seremos felizes juntas, não dá.
Suportar o humor duvidoso da minha cunhada que eu tanto amo mas é imatura demais pra perceber que o que eu preciso agora é de abraços carinhoso e não de um dedo rindo apontado pra minha cara a cada segundo do dia é difícil demais.
Suportar as amizades superficiais que a gente tromba quando sai na rua, a falsidade dos sorrisos, os abraços os convites que não passam de falta de assunto, não, isso não dá.
Nada disso dá, nada disso me é possível no momento.
Peço licença pra me retirar, peço licença pra aguardar, quietinha, o meu vulcão entrar em erupção.
Pra cima ou pra baixo? O estrago é sempre certo. Fico apenas na expectativa da surpresa.

8 comentários:

Anônimo disse...

A sua cunhada quer sempre o seu melhor, mas ela é bobinha e não sabe o que significa o seu melhor. Ela vai tentar, de verdade, não te chatear, mesmo. Ela também te ama, e muito, e espera que essa fase passe logo, e se não passar, paciência, né? Ainda tenho muito pra aprender.

Dani disse...

Não vou comentar direito neste post pra não te irritar!E não vou dizer que isso vai passar porque é muito clichê! Mas não posso ddeixar de dizer que adoro o jeito que vc escreve...
Amanhã é um novo dia!

Sara disse...

hm..tenho licença pra entrar. Opnar é só mais tarde..

=)

Fernanda disse...

Oiiee

Obrigada pela visitinha lá no meu cantinho.

Momento dificil, é? Mas são com eles que a gente amadurece.

Fica bem

Bjoks

Anônimo disse...

Meu único remédio para estes períodos - com tornados dentro de mim - é a música, Miss Cookie. Mas, para algumas pessoas é socar sacos de areia. Rs. Fique bem, sempre bem. Beijão!

Carioca disse...

Conheci teu blog hoje e gostei muito. Todas nós temos esses períodos de irritação e impaciência. O importante é não se deixar abater e reverter o quadro tão logo possa.
Os sorrisos ajudam muito, procure o sorriso de uma criança, que jamais será falso ou veja nos teus bichinhos que eles podem sorrir pra vc.
Abraço!

Ana Duarte disse...

Olá Miss Cookie,

Entrei aqui hoje pela 1ª vez e adorei. Claro que adorei seu texto e não adorei te ver mal. Apesar de que todas as grandes obras de arte foram forjada na dor e não na felicidade. Quando a gente está feliz não perde tempo criando nada, só aproveitando o que está à mão.
Vivi há muito pouco tempo uma situação de dor parecida, vendo um grande amor e projeto de vida se acabar. Senti como se tivesse ficado sem chão, olhando pro futuro sem esperança, sem vontade de prosseguir.
Mas agora, praticamente 40 dias depois, tudo mudou. Surpreendentemente (pro meu coração e pro mundo) eu me apaixonei de novo. Conheci uma mulher muito interessante e estou me permitindo reconstruir tudo de novo. Inimaginável há 15 dias atrás.
Tudo é possível na vida, basta a gente querer.
O vulcão vai queimar e esgotar sua lava, é uma questão de tempo, acredite.
Quando puder ir no DUAS dar uma olhada, será um prazer. www.blogduas.blogspot.com
Beijo.

Marcia Paula disse...

adoro as minhas ex,bem longe de mim,nunca mantive nenhum contato.Nada contra,mas costumo dizer que quem tem ex não precisa de inimigas...heheehe.