quarta-feira, 28 de abril de 2010

Celibato.

Eu sei que parece que me deu uma pane. Que estou pifada, estragada e quebrada como ser humano, mas eu estou feliz assim. É que agora eu tenho essa coisa, essa coisa toda nova pra mim e pra todo mundo: não quero mais sexo, tô irritada com o sexo, tô com a Lady Gaga que, eu sei, é surtada, mas atualmente é a única maluca que me entende, achando o celibato uma boa idéia.
Teve esta última vez que eu transei e ela foi realmente errada. Errada, estragada e prejudicial. E isso já foi há um tempo atrás, bêbada como nunca com um ex-namorado bêbado como sempre, numa relação sem lembranças, sem vontade, sem motivo algum a não ser a nossa quantidade de álcool no corpo. E aí eu chorei. Chorei por umas duas horas sem parar e desabafei, falando coisas que, é óbvio, eu não me lembro... E nem ele.
Depois disso nada me sobrou e eu não vou atrás de nada. Tenho no meu convívio as duas EX: a ex-namorada e a ex-possível namorada. Com elas não, não sou capaz de transar com nenhuma delas. O sexo acaba envolvendo coisas demais, tendo conteúdos demais, sendo capaz de desencadear brigas demais e eu prefiro ficar só com a parte boa delas. São dois corpos, totalmente diferentes, mas que carregam o mesmo aviso na frente do rosto. Um cartaz, onde já conferi, contém tudo com o que não sei lidar num relacionamento, todas as cobranças que não sou capaz de corresponder, com um giroflex vermelho gigantesco e uma sirene que grita “PERIGO” toda vez que me aproximo de uma delas. (Acho que isso torna o meu celibato algo duplo: o celibato sexual e o afetivo. Pessoas estão me dando dores nas entranhas!)
Aí dizem que os remédios pra minha saúde mental podem ter diminuído meu apetite sexual ou talvez todos os quilos que eu ganhei tomando os mesmos remédios tenham me deixado insegura. No fim, eu sei que pode ser tudo isso, mas gosto de pensar que não é nada disso. No fim eu sei que com a saúde mental no lugar, prezo muito mais pela minha saúde sexual, afetiva e, finalmente, depois de anos de relacionamentos frustrados, fecho-me em minha concha para apreciar nada mais do que a minha própria companhia e, eventualmente a dos meus bons amigos.
E querem saber? Estou mais feliz sem sexo nenhum do que nunca fui com a presença dele.
Um brinde à minha solteirice, ao meu “celibato” e, principalmente, à minha saúde!
Cheers!

5 comentários:

Sua melhor amiga disse...

É lindo saber que você está se cuidando, que está muito melhor, e está se achando uma boa companhia para si mesma.
A epidemia está passando e dando lugar para sermos alegres, sorridentes e vivermos bem.

Eu te amo!

Alice disse...

Vc pode ter vida sexual sem ser com as ex-qq-coisa...
:)

Anônimo disse...

Então, o problema tá mais em cima do que embaixo, né?

Xuli disse...

Platão e sua definição de amor platônico, esferas, perfeição, bla bla você deveria ler isso, faz certo sentido, até acalma...

edmilson disse...

Talvez sua saúde esteja estreitamente ligada ao fato de você bastar a si mesma. Talvez teu espelho possa auxiliar na resolução desta situação. (nao quero usar o termo problema)

Sei lá, nunca pude conter meus instintos sexuais, mesmo quando isso provocava consequências nefastas em minha mente.

kkkkkkkkkkkkkk

Celibato, quem sabe?